Rover SD1

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em 1971, a Rover, que nessa altura fazia parte do grupo British Leyland (BL), começou a desenvolver um carro novo para substituir o P6 e o Triumph 2000/2500. Os designers de ambos os Triumph e Rover apresentaram planos para o novo carro, dos quais o último foi o escolhido. David Bache foi chefe de equipa do projecto, inspirado por máquinas exóticas, como o Ferrari Daytona e o estudo final de 1960 pelo design Pininfarina para a BMC 1800, que também orientou o estudo de design da Citroën CX. Spen King foi responsável pela engenharia. Os dois haviam colaborado antes no Range Rover. O projecto foi apelidado de RT1 (Rover Triumph Number 1), mas foi mudado para SD1 (Specialist Division Number 1).
O carro foi lançado no mercado em Junho de 1976 na forma liftback com o motor V8 Rover 3500 e foi calorosamente recebido pela imprensa acabando por receber o prémio de Carro Europeu do Ano de 1977. O seu lançamento no continente europeu coincidiu com a sua aparição no Salão Automóvel de Genebra em Março de 1977, cerca de três meses após o anúncio do carro do ano.
Mais perto de casa, o carro e sua equipa de projecto receberam o Midlander of the Year Award de 1976, por terem feito aumentar o prestígio da região de Midlands.
No entanto a má qualidade de construção era evidente. A revista britânica Motor publicou um teste de estrada de um 3500 com caixa automático em Janeiro de 1977, e ao mesmo tempo que destacava a excelência geral do Rover, também informou que o carro testado sofria de problemas nas portas, com luz visível a partir do interior além da moldura da janela da porta traseira do lado esquerdo do carro, e uma curiosa vibração na direcção a alta velocidade que podia (ou não) resultar das rodas da frente do carro de teste da frente não terem sido correctamente equilibradas. Mesmo assim, em Março 1977 a Britain's UK Autocar publicou um artigo de Raymond Mays, um piloto famoso e gerente da equipa, onde este explicava que depois de conduzir por mais de 12 mil milhas, ele considerou o Rover 3500 como o melhor carro que ele  já teve, tanto pelas suas qualidades como pela sua excelente economia de combustível.
Entre 1976 e 1981 houve algumas alterações muito pequenas no carro, incluindo símbolos novos (dianteiro e traseiro) e espelhos retrovisores cromados. Em meados de 1979 viu a introdução do modelo V8-S, sem  nenhuma alteração mecânica, disponível em verde brilhante e não metálico (Triton), entre outros, com jantes douradas ou prateadas de liga leve pintadas em função da cor da carroçaria. No interior foram incluídos ar-condicionado, carpetes grossos de pelúcia, assentos de veludo e um sistema de lavagem dos faróis.

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