Mercedes Blue Wonder

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os carros de competição da Mercedes-Benz no início da década de 1950 foram de tal maneira marcantes que, em 1952, a marca começou a idealizar um veículo de transporte muito especial. Como resultado, em 1954 surgiu um camião único. Não tinha nome mas depressa foi apelidado de Blue Wonder, devido ao seu design ímpar de curvas macias e pintado num azul muito profundo.
Dotado de um motor 300SL, seis cilindros 3.0 do Gull Wing - Asa de Gaivota - com injecção mecânica directa de combustível e uma potencia de 192cv, atingia 170km/h mesmo carregando com um veículo de competição.
As linhas arredondadas da cabine tinham continuidade nas laterais e terminavam numa traseira que fazia lembrar o desportivo Gull Wing. A região dos dois vidros posteriores era alongada, o que favorecia a aerodinâmica do veículo tanto descarregado quanto em transporte, pois suavizava o fluxo de ar sobre o veiculo que levava. Media 6,75m de comprimento, 2m de largura e apenas 1,75m de altura.

Opel GT

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Em 1962 Clare McKichan, que tinha sido chefe de desenho da Chevrolet nos últimos dez anos, integrava-se, como director, no departamento estilístico da Opel. É então que surge a ideia de um projecto inovador; construir um coupé de dois lugares a um preço "acessível". Um ano mais tarde o chefe de desenho da General Motors, Bill Mitchel, dá o cartão verde ao projecto. McKichan e Schnell começam a trabalhar na realização de um modelo à escala 1:10.
Durante dois anos de trabalho prepara-se um protótipo na fábrica alemã de Rüsselsheim que denominaram de "Experimental GT".
Este aparece finalmente no Salão de Frankfurt de 1965. As formas deste protótipo recordava ao primeiro olhar um Corvette americano (devido, provavelmente, ao facto de McKichan ter uma certa influencia dos seus anos de trabalho na Chevrolet).
Conscientes da sua aceitação por parte do público, a Opel tratou logo de procurar empresas para realizar o chassis e a carroçaria.
Relativamente à mecânica, foram instalados inicialmente os motores que equipavam o Kadett (1100), o Rekord e o Kadett Rallye (1900).
A apresentação oficial do modelo definitivo (que continha variações consideráveis em relação ao "Experimental GT") ocorreu no Salão de Berlim de 1968 e não começaria a comercializar-se até ao Outono desse ano.
Foram fabricadas 103463 unidades entre 1968 e 1973, das quais 70222 foram vendidas nos EUA.
Havia 2 versões, o GT1100 de 60cv e o GT1900 de 90cv, motores de 4 cilindros em linha, refrigerado por água e alimentados por carburador Solex 32 DIDTA-4. A velocidade máxima era de 185km/h e fazia 10.8s 0-60mph (96,6 km/h).

Ford Capri

domingo, 12 de setembro de 2010

O Capri foi apresentado pela primeira vez no Salão Automóvel de Genebra de 1968, destinado a um tipo de condutor que queria o conforto de uma berlina num carro desportivo. O que mais se destacou na época foi o estilo, desempenho e a relação custo-benefício.
O primeiro Capri, o MkI, foi lançado em 1969. Uma iniciativa da Ford fez com que no mesmo dia em que o carro foi colocado à venda, houvesse Capri estacionados em centenas de locais públicos, fazendo com que o público do Reino Unido "entrasse" na sua apresentação. No inicio os motores estavam disponíveis nas versões 1.3, 1.6 e 2.0 cc, com o equipamento X (Extras), L (Luxo) e R (Desportivo), também chamado XL e XLR. 
A reformulação veio pela primeira vez em 1972. O Capri tinha um novo olhar (que foi mantido por 14 anos); a suspensão traseira adoptou barra estabilizadora de serie, novas ópticas frontais e traseiras e capot elevado, característica que até ali só se encontrava de série no modelo V6. O último Capri MkI foi um RS2600 MkI fabricado na Alemanha em 1973.
O Capri MkII não foi mais do que um redesign do MkI, mas aparte do chassis, do capot e muito das peças do motor, tudo era novo. Destacava-se por ter um habitáculo ligeiramente maior e mais arejado. Também os bancos traseiros eram rebativeis de forma a tornar o porta-malas com mais capacidade. Houve também uma mudança nas especificações, substituindo o antigo motor V4 Pinto de quatro cilindros. A política das opções de equipamentos diversos (X, L, XL) foi abandonada.
Havia apenas seis modelos Capri II que iam desde o básico 1300 L ao 3000 GT, o mais alto da escala. As vendas caíram mais de 50% (100.000 automóveis, em vez de 233.000) e isso aconteceu porque as pessoas não ficaram convencidas com esse redesign. Na Europa, o Capri teve de lutar contra o Opel Manta, um carro bom e atraente, o que provocou uma queda considerável nas vendas.
Produção do Capri MkII foi de 403 612 unidades. E entre 1968 e 1986 foram fabricados na Europa pelo menos 1.886.647 modelos Capri.