Renault 4L
sábado, 14 de agosto de 2010
No final dos anos 50, os carros populares que faziam sucesso em França eram o Citroën 2CV, lançado em 1948, e o Renault 4CV, lançado em 1947. Para a necessária substituição do velho Renault, o então presidente da Renault Pierre Dreyfus reuniu a sua melhor equipa de técnicos e engenheiros. Dreyfus exigiu-lhes um automóvel simples, moderno, barato e funcional, capaz de atender a tudo e todos, eficaz em estradas e no campo.
Estava também definido que o novo Renault teria por volta de 600 cm3 e 20cv e que herdaria boa parte da mecânica do 4CV, mas a tracção seria obrigatoriamente dianteira fazendo deste o primeiro Renault com esta configuração. Em 3 de Agosto de 1961 era apresentado o Renault 4L. O seu primeiro motor tinha quatro cilindros, caixa de três velocidades em linha e 603 cm3. A potência de 20 CV ás 4.700 RPM permitia velocidade máxima de 95 km/h e um consumo médio de 15 km/l. O capot abria-se de trás para a frente e a suspensão era independente nas quatro rodas, com barras de torção em ambos os eixos. Tinha o primeiro sistema de refrigeração selado do mundo, que evitava a perda e consequente reposição do liquido de refrigeração. Uma peculiaridade do novo Renault 4L era a distância entre eixos maior no lado direito, 2,45 contra 2,40 metros, uma imposição do tipo de suspensão traseira.
Por dentro o 4L era extremamente simples. Acomodava bem quatro passageiros em bancos muito simples, que só tinham forro, sendo que a estrutura era visível por trás e de lado. O espaço para bagagem também era razoável, podendo chegar a 950 litros sem assentos traseiros. À frente do volante de três raios ficavam apenas velocímetro e marcador de combustível, e o retrovisor no centro do painel do habitáculo.
Em 1962 era lançada a versão Super e passava a existir uma motorização de 747 cm3 de 27 CV. Uma nova caixa de quatro velocidades estava também disponível e a velocidade máxima rompia agora os 100 km/h.
Em 1964 eram atingidas as primeiras 500000 unidades matriculadas.
Em 1965 surgia a versão Fourgonette (carrinha) que tinha a capacidade de carga aumentada. A parte traseira era mais alta e mais larga podia-se optar por porta traseira de abertura lateral ou vertical bipartida.
Nesse ano chegava também a versão Parisiénne, criada em parceria com a revista feminina Elle. Esta versão tinha a particularidade de ter, nas laterais, uma pintura quadriculada escocesa, vermelha e preta, ou com tons bege e preto, e os bancos dianteiros eram individuais. Era bastante bonito, chamava a atenção e tinha um certo charme, principalmente diante do público feminino. O motor crescia, passava a 845 cm3 e 34 CV. A velocidade máxima era agora de 115 km/h. Um ano depois o R4 ganhava uma grelha maior, com aspecto mais moderno, que ocupava toda a largura da frente. O painel era redesenhado e todos os bancos ganhavam forras integrais. No inicio de 1966 o primeiro milhão de unidades matriculadas era atingido.
Em Setembro de 1970 o modelo Rodeo era apresentado, de desenho muito simples e com mecânica do R4, tinha carroçaria em plástico reforçado com fibra-de-vidro. Tinha duas portas e capota de lona. Era um concorrente directo do Mehari, derivado do Citroën 2CV. A concorrência começava a aumentar. Na mesma faixa de preço estavam também o Ford Escort, o Opel Kadett e o Fiat 127.
Em 1975 o R4 ganhava novos pára-choques e a grelha tornava-se rectangular. O novo painel, com acabamento quase todo preto, era maior e mais seguro, com protecção de borracha. A alavanca das mudanças e o retrovisor continuavam no mesmo sitio. Os bancos estavam mais anatómicos, confortáveis e com encosto para a cabeça. Em 1977 eram celebradas cinco milhões de unidades produzidas, número que confirmava o sucesso alcançado pelo pequeno Renault.
Travões dianteiros de disco eram introduzidos em 1983, bem como um motor de maior cilindrada, que equipava uma nova versão denominada GTL, com 1.108 cm3, 34 CV às 4.000 RPM e velocidade final de 122 km/h. Em 1991 existiam as versões TL, GTL e GTL 4x4, com tracção nas quatro rodas. Foi um carro bastante comum nos correios e nas empresas de entrega rápida, mas também podia ser encontrado frequentemente nos quartéis da polícia e dos bombeiros. O Renault 4L é um dos carros mais vendidos com mais de 8 milhões de viaturas matriculadas.
Etiquetas: Renault
BMW Série 8
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
O design do Série 8 começou em 1984, com a construção a partir de 1986. O Série 8 estreou em Frankfurt Motor Show no início de Setembro de 1989, projectado para avançar além do mercado do série 6 original.
Mais de 1,5 biliões de Deutschmark (marco alemão, moeda da Alemanha na época) foi gasto no desenvolvimento total. A BMW utilizou ferramentas de CAD (desenho assistido por computado), ainda incomuns na época, para projectar um carro novo. Combinado com os testes de túnel de vento, o carro tinha um coeficiente aerodinâmico de 0,29, uma melhoria substancial em relação ao anterior BMW M6/635CSi com 0,39.
O Série 8 foi um dos primeiros carros da BMW, assim como o Z1, a usar suspensão multibraço no eixo traseiro.
Embora nos modelos CAD o monobloco do carro era cerca de 8 kg mais leve que a do seu antecessor, o carro foi significativamente mais pesados quando concluído, devido ao grande motor.
As vendas do série 8 foram afectadas pela recessão mundial da década de 90, a Guerra do Golfo Pérsico, e os picos de preços de energia, puxando o BMW Série 8 para fora do mercado norte-americano em 1997, vendendo apenas 7.232 carros com mais de sete anos . BMW continuou a produção para a Europa até 1999. O total da produção mundial foi de 30.621, compreendida entre 1989 e 1999, com os modelos
830i (3 litros V8 com 218 CV), 840i (4 litros V8 com 286 CV), 850i e 850 Ci (5 litros V12 com 300 CV) e 850CSi (5 litros V12 com 380 CV).
830i (3 litros V8 com 218 CV), 840i (4 litros V8 com 286 CV), 850i e 850 Ci (5 litros V12 com 300 CV) e 850CSi (5 litros V12 com 380 CV).
Foi fabricado também um protótipo M8 mas há poucos fatos confirmados pela BMW. Começou a ser desenvolvido em 1990 e previa o uso de uma versão especial do motor S70 (que equipou o 850CSi) com cilindrada de 6,0 litros e potência de 550 CV. Estudos da BMW na época indicaram que não haveria mercado para o M8 o que levou o projecto a ser cancelado.
Etiquetas: BMW
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